terça-feira, março 21, 2006

até ao dia seguinte

A Mar Te hei

até ao dia seguinte

Incondicionalmente

domingo, março 19, 2006

A mar te

nunca serás tu
ou tu
foste talvez sempre tu
ainda agora

e aqui
no tempo sem tempo
a força é amor
e eu sei
que o amor absoluto não depende
nem do tempo nem do espaço

porque o amor não depende

o amor é

ou não é

sexta-feira, março 17, 2006

?






É impossível?
Ou sou eu que não mereço
voltar àquele límpido começo
em que eu e tu
(eu não me esqueço)
entrámos um no outro para sempre?

Secretamente desespero.

Mas não desisto.
E resisto.
Não me rendo.


Rafal Oblinski
Giacomo Puccini "La Boheme"

quinta-feira, março 16, 2006

Natália





Comme des colombes en désaccord
mes mains volent entre les secrets
pour se rejoindre dans la saison
où les oiseaux chantent l'amour
d'être entourés d'eux mêmes.






(inédito 56/57)

Into The Woods

sábado, março 11, 2006

31 de Maio de 1961

Sport Lisboa e Benfica
vencedor da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1961

foto de Alberto Gouveia

Em Novembro de 1960 o Benfica desloca-se a Budapeste, para jogar os oitavos-de-final da Taça dos Campeões Europeus, contra o Úpjest. Depois da anterior vitória de 5-1 sobre o Heart, o Benfica vence os húngaros por 7-4.

E são chegados os quartos-de-final da Taça dos Campeões Europeus. O adversário do Benfica, o Aarhus da Dinamarca. A primeira “mão” marcada para o dia 8 de Março de 1961 no Estádio da Luz, em Lisboa, e a segunda para 30 de Março, na Dinamarca. Em casa o Benfica venceu por 3-1, na Dinamarca por 4 -1, tendo o golo do Aarhus sido um auto golo de Germano.

O Rapid de Viena foi o adversário do Benfica nas meias-finais. Na Luz, o resultado de 3-0, dava confiança para a segunda-mão e abria o caminho do Benfica para a final.


Foi no dia 31 de Maio de 1961, em Berna, que o Sport Lisboa e Benfica, sob a orientação de Bella Guttmann, ao bater o Barcelona por 3-2, conseguiu trazer para Portugal a ambicionada Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Tratou-se de um jogo arrasante. Aos vinte minutos do primeiro tempo, Kocsis marcou para o Barcelona. Mas ainda antes de acabarem os 45 minutos iniciais, Águas e Ramallets (este, na própria baliza) colocariam os portugueses em vantagem no marcador.
No segundo tempo, Coluna e Czibor colocaram o resultado final em 3-2, favorável aos "encarnados".
in José Águas O CAPITÃO DOS CAMPEÕES
SeteCaminhos

José Augusto, Santana, Águas, Cavém e Coluna

"O grande dia em que o Benfica ia defrontar o Barcelona para a final da Taça dos Campeões Europeus chegara. Mas, tão ou mais importante, é que o jogo “dava na televisão”, uma vez que a Eurovisão transmitia o jogo. Os nervos lá em casa eram mais que muitos. A família esperava impaciente o início do jogo que, a vencermos, daria ao Benfica o título de Campeão Europeu. Eu, na altura com nove anos, estava também contagiado por aquela dupla expectativa (o futebol e a televisão). Lá em casa eram todos sportinguistas. Apenas eu, por um lado para contrariar, e por outro porque o grande amigo da família e de quem eu muito gostava, o Tio Gil, era benfiquista ferrenho. Mas, naquela altura as cores de Portugal gritavam mais alto. “Não é o Benfica que vai jogar, é Portugal!”, dizia o meu pai com convicção. E, impaciente, admoestava-me “Vá, está calado, toma atenção”. E aí está, as equipas entram no relvado. O equipamento, embora a preto e branco no écran, mantinha as cores mágicas na minha imaginação, o encarnado e branco. Costa Pereira, Cavem, Germano, Santana, Coluna, …José Águas…! E, vá lá saber-se porquê, este último nome agradou-me, tinha qualquer coisa de diferente… de mágico…! “Oh Jorge, sai da frente! Senta-te sossegado!” O jogo tinha começado. Durante aqueles noventa minutos em que o meu pai fumava cigarro atrás de cigarro, e a minha mãe pontapeava incessantemente a atmosfera, eu, completamente enfeitiçado, não despregava os olhos do pequeno écran. O meu vocabulário enriquecia a olhos vistos: desmarcar, flancos, linha de cabeceira, esférico… E o espectáculo continuava, tão mágico que aquele José Águas que tinha, vá lá saber-se porquê, prendido a minha atenção, marcou um dos três golos que deram a vitória ao meu Benfica. Ao Portugal dos meus pais. " Jorge Galveias in José Águas O CAPITÃO DOS CAMPEÕES SeteCaminhos

sábado, março 04, 2006

Exposição Fotográfica do Z


Just Be - Coffee Lounge
av. frei miguel contreiras 54 b, lisboa
a partir de
9 de março pelas 21.30

quarta-feira, março 01, 2006