sábado, maio 07, 2005

porque o amor não depende

nunca serás tu
ou tu
foste         talvez sempre         Tu
ainda agora

e aqui         no tempo sem tempo
a força é amor e eu sei
que o Amor Absoluto não depende
nem do tempo         nem do espaço
porque o amor não depende
o amor É
ou não é


25 comentários:

floreca disse...

que seja sempre...

;-)

Anónimo disse...

o poema mais bonito do livro A mar te !...
desde a primeira vez que o li (quando o livro saiu) aquela frase ficou-me no ouvido... uma das frases mais fortes que me lembro de alguma vez ter lido ... "o Amor Absoluto não depende ... o amor É ou não é ..."
acho que foste muito feliz neste poema ...

Anónimo disse...

ó João, concordo contigo mas não deves ter lido muita coisa na vida pois não?
Desculpa Laura, calculo que queiras serenidade mas uma vez por outra apetece acordar um bocadinho e dar um mergulhito no mar.Perdoa-me este meu feitio mas cresci a ouvir músicas de uma tal de águas.

Helena disse...

e...? :)

Anónimo disse...

Dói ser vermelho.Mas o amor, todo o amor é assim. Desculpa não ter ainda feito diligências para conseguir o que prometi. A minha vida tem andado num 8. Creio que esta semana conseguirei dizer-te alguma coisa de novo.Quanto ao poema, tenho de ser sincero: não acredites muito nos elogios.Beijos

Non disse...

Sintonias.

:)

**

Anónimo disse...

E...? Boa pergunta sim senhor.

Por exemplo, no caso do João, "o Amor Absoluto não depende..." é apenas uma frase forte. No meu que ainda ando à procura de perceber se o Amor Absoluto(não é que ainda não o tenha sentido...não sei)depende ou não depende de alguma coisa, gostava(eu e eu é uma palavra difícil de dizer) que os teus poemas gerassem mais reflexão, mais mergulhos, mais água...como os da Natália Correia...por exemplo.Não quero pôr-me para aqui a interpretar poemas como na escola mas quando li a tua frase pus-me a pensar qual dos amores que senti foram realmente absolutos e já agora pensar se isso dependeu de alguma coisa nem que fosse das circunstâncias.Claro que o joão está à vontade para se limitar a dizer que a frase é forte (é o seu estilo) mas a mim isso provocou-me um vazio. O problema é meu mas gosto de saber que posso vir para aqui desabafá-lo.Posso?

chOURIÇO disse...

Err... Não?

chOURIÇO disse...

:p

Anónimo disse...

… pois é, Catarina, acho que tem razão, tenho lido mesmo muito pouco nos últimos anos. Aliás quando era mais novo até deixei mesmo de estudar assim que fiz os anos suficientes para poder dar aulas precisamente por achar que estava a ficar com a cabeça atulhada de livros e teorias vãs e achar que a vida era demasiado bela e única para perder alguns dos melhores anos fechado em bibliotecas.

e sabe porque é que não tenho tido mesmo tempo para ler? É que além de outras coisas tb. tenho uma mãe com 75 anos e um pai com 86 (e com a doença de Parkinson à mais de 10) para cuidar. E talvez por ser filho de um reconhecido e homenageado professor de literatura portuguesa, em Portugal e no estrangeiro, não dê tanta importância assim a essa coisa dos livros ... (continuo a achar que a vida é mais importante) ...

os livros tenho-os todos guardados (com estimação) em estantes à volta da garagem e grande parte nunca tive mesmo tempo de ler. Tenho estado a guardá-los para quando um dia esta sociedade do individualismo exacerbado e do sucesso a todo o custo me puser à margem da vida como tem feito com todas as crianças e idosos.

há quem diga que o livro é o melhor amigo do homem mas eu sou daqueles que continuam a achar que uma biblioteca inteira não vale um único amigo e felizmente a vida sempre me deu amigos suficientes pra não sobrar muito tempo para a leitura ... (a minha única distracção tem sido 1 hora ou 2 de Internet ao fim do dia) ...

a minha maneira de escrever para a Laura, exagerada e com um jeito desajeitadamente protector, é porque sempre fiquei com aquela ideia que a ‘máquina’ em torno dela tinha distorcido e abafado quase completamente a mensagem inicial que ela queria passar ...
agora pensei que a ‘máquina’ a tinha abandonado, como faz a quase todos os ídolos femininos da juventude e estivesse mais só do que parece estar. Folgo em saber que afinal tem tantos amigos que a apoiam.


num email enviado para os Degraus de Laura em 28/4/05 já tinha pedido para apagar os meus comentários (acho que só o administrador do blog pode fazê-lo) por eu próprio achar que eram desadequados e demasiado extensos e já ter pensado precisamente que seria naturalíssimo que um amigo ou amiga (um bocadinho mais ciumento) reagisse exactamente assim ... (não sei porque a Laura não apagou ...)


para a Laura só peço desculpa pela confusão gerada e volto a dizer que era uma tentativa de dar uma força a alguém que acho que merece, que pensei que precisasse e que acho que foi bastante injustiçada, até pela comunicação social.
(e que pensei que podia considerar mais ou menos o que os antigos cristãos chamavam de “uma irmã na fé” pelo simples facto de defender, acreditar e lutar pelos mesmos objectivos e ideais).

tb. reconheço que sou relativamente novato na Internet e me deixei entusiasmar por isto de poder comunicar com pessoas do mundo inteiro assim de repente ... e tb. tenho consciência que às vezes sou um bocado bronco mas sempre pensei que era preferível ser um bronco sincero do que ser apenas mais um mero polìticamente correcto ... (cada um tem a sua maneira de ouvir rock ... )



quanto à frase “O Amor Absoluto não depende …” sempre pensei que se estava escrito com maiúsculas era porque não se referia apenas aos amores ou às paixões mas a um outro Amor que por vezes nos enche o peito e nos faz sentir um infinito carinho e compaixão pela vida, pela natureza, pelas pessoas, pelas formigas ... e só esse é que não depende ... nem do tempo nem do espaço ... porque é eterno ... sempre existiu e sempre há-de existir ...
talvez seja mais fácil de entender depois de ler S.Agostinho ou S.João da Cruz ou S.Teresa de Ávila ...


(Ps.- mais uma vez peço à administradora que mais dia menos dia apague tb. este comentário pois fico sempre com a sensação de já estar a ocupar demasiado espaço no blog.).

Helena disse...

o amor não depende

"porque não se refere apenas aos amores ou às paixões mas a um outro Amor que por vezes nos enche o peito e nos faz sentir um infinito carinho e compaixão pela vida, pela natureza, pelas pessoas, pelas formigas ... e só esse é que não depende ... nem do tempo nem do espaço ... porque é eterno ... sempre existiu e sempre há-de existir ...

talvez seja mais fácil de entender depois de ler São João da Cruz ou Santa Teresa de Ávila ..."


~
joao, meu irmão na fé, nem penses que apago o que escreves
só faltava!
~:)

Helena disse...

e para quem não conhece os poemas do henrique, vai aqui um exemplo:



PERDOAI-NOS SENHOR

Perdoai-nos Senhor
Por nos terdes feito tão frágeis
E não conseguirmos ser fortes.

Perdoai-nos Senhor
Porque morreste para nos salvar
E não conseguimos ressuscitar.

Perdoai-nos Senhor
Por nos terdes dado a morte
E não conseguirmos a imortalidade.

Perdoai-nos Senhor
Por não serdes
Um deus como nós.

HENRIQUE DÓRIA-Mar de Bronze

Anónimo disse...

Credo e Meu Deus:

Em primeiro lugar e sem ironias, presto a minha homenagem ao João e à Laura.Uma pessoa pode estar estafada, cheia de contrariedades mas chega aqui e fica doce.Isso é bom e é por isso que eu gosto daqui.

2ºJoão:
Imaginas que eu sou assim tão diferente de ti? Só talvez mais nova e isso nota-se logo.
Livros? Bibliotecas? Estantes forradas de livros? Vou-te confessar o que nunca confessei na vida:
Para mim significam pó e alergias.Quem me dera que não houvesse tantos e quem me dera que os tantos que existem fossem de tal maneira caros que ninguém os conseguisse comprar...salvo raras excepções.O problema é quem raio decidiria os preços de cada um? Por isso o meu desejo é impossível de concretizar.
Se prefiro pessoas a livros? A esta não respondo.
E agora João, a parte do teu comentário que me provocou uma gargalhada prazeirosa, sincera e sentida:
É que o meu comentário devia ser de alguma amiga mais ciumenta.
Na mouche João, arrumaste-me com essa.Parabéns.Vamos então voltar à serenidade (se bem que acho que nunca a perdemos...havia aí um chouriço a falar de crispação) e pelo menos demos o tal mergulhito no mar que tanto me apetecia dar.
Um abraço para a Laura e para o João.Até à próxima.

Helena disse...

beijos, querida
;D*******

Helena disse...

«A poesia é das raras actividades humanas que, no tempo actual, tentam salvar uma certa espiritualidade. A poesia não é uma espécie de religião, mas não há poeta, crente ou descrente, que não escreva para a salvação da sua alma – quer a essa alma se chame amor, liberdade, dignidade ou beleza.»

Sophia de Mello Mello Breyner

:)

Anónimo disse...

... tudo bem, Catarina, até tb. gosto de dar um mergulho de vez em quando, nem que seja só pra quebrar a monotonia ... só não gosto é que me façam cair na água quando estou distraído a conversar (pra próxima avisa qu'é pra trazer fato de mergulho ...)
Quanto aos ciúmes a culpa foi da Laura ... eu já tinha dito que
que era melhor apagar os comentários porque já imaginava que iria haver uma Catarina a reagir assim ... (se os políticos tb. tivessem amigos tão dedicados acho que nem precisavam de segurança ...)
Em relação a voltar à serenidade só se prometeres que o próximo mergulho vai ser numa piscina de água aquecida !
Um abraço tb.

Anónimo disse...

Ai... que é mesmo assim...

Anónimo disse...

Fui ler os comentários (não o faço antes de deixar o meu, não gosto de me sentir influenciada) e gostava de dar a minha opinião em relação ao que foi falado. Quando leio o que a Laura escreve, sinto-me um pouco como o João parece sentir-se. Já o disse uma vez e repito: são palavras que me cabem inteirinhas no colo. E tenho o direito de dizer que adorei, que suspirei, que esbracejei. O que for! Não entendi esse conselho de não acreditar muito nos elogios. Há pessoas com livros escritos e cujas palavras não me dizem nada! Tenho que gostar só porque são conhecidas ou publicaram um livro? Eu tenho o direito de dizer que adorei o que acabei de ler aqui e que me encheu as medidas, que o vazio que a catarina diz ter sentido também é um ponto de partida para uma reflexão. Não entendo como podem as pessoas querer catalogar um poema de bom ou mau, pois o que as palavras nos trazem é, muito simplesmente, o condão de parecerem ser escritas para nós ou não. Há poemas de que eu fujo! Há outros onde me encosto. Este é um deles. Poderia continuar para aqui a divagar, mas acho que já disse o que queria, não quero abusar deste espaço. Beijo grande.

Helena disse...

:)***

Anónimo disse...

... fui ver o blog onde a Catarina participa, li alguns textos e comentários, e acabei a pensar que se calhar tb. fui demasiado duro na resposta ... mas pronto, tb. não é só nos filmes que por vezes as amizades começam com uma pequena discussão. Hoje em dia é tão raro alguém pedir desculpa que acabei por ficar um bocadinho sem jeito ... desculpa também ...

Helena disse...

lindo :)))

Anónimo disse...

Quando as pessoas conseguem fazer uma crítica sem serem bruscas, as coisas correm bem melhor :) Chama-se tolerância para com as diferenças dos outros e sabe bem sentir que se pode viver muito bem com essas diferenças. Beijo grande :)

Anónimo disse...

Concordo contigo, Carla, mas neste caso parece que houve mesmo um mal entendido parte a parte. Acho que no blog da Catarina têm tido mesmo problemas com 'intrusos' que passam no blog só para deixar bocas foleiras e o simples facto de não ter assinatura bloguista é visto como uma maneira de nao querer dar a cara. Então a Catarina quando viu o meu 'comment' deve ter pensado "... mais um intruso, deixa 'tar qu'eu trato deste!..." e eu pensei "... uma menina mimada que não tem nada que fazer e passou por aqui só pra implicar e fazer provocações ofensivas ..."
Daí a troca de palavras que felizmente acho que acabou em bem.
Ou então - 2ª hipótese - à Catarina apetecia-lhe fazer ondas e eu aproveitei para surfar um bocadinho ...
Beijo grande tb.
(Já espreitei o teu blog e acho que o que eu preciso mesmo é treinar essa nova modalidade de poesia japonesa que tens estado a divulgar e em que é preciso sintetizar tanto tanto que os poemas só podem ter 3 linhas de 5 e 7 sílabas !! )

Anónimo disse...

(Ps.- esqueci de dizer que quando li os textos da Catarina -no blog 'não sei brincar' - tb. mudei de opinião.)

Anónimo disse...

pode parecer um preciosismo mas já agora:
(errata : no comment acima (11.22 PM) onde se lê 'surfar' devia ler-se 'navegar') ...